quinta-feira, 28 de junho de 2007

Manifesto do Movimento "Rethinking Resources Sharing Initiative"


New York Public Library ( foto do início do Séc.XX )


Um manifesto do Movimento
“Rethinking Resource Sharing Initiative”

Subscrito pelo Comité Permanente do Movimento Repensar a Partilha de Recursos Fevereiro 2007
Subscrito pelo Comité Executivo da ALA/RUSA/STARS Janeiro de 2007
Subscrito pelo Comité para as Políticas do Movimento Repensar a Partilha de Recursos da ALA/RUSA/STARS
Janeiro de 2007


Pensamos que as bibliotecas deverão melhorar os seus sistemas de fornecimento de
informação caso queiram continuar a expandir a acessibilidade e a constituir um recurso
apreciado. Com efeito, hoje, para promover o acesso à informação são questões
essenciais o alinhamento do fluxo de trabalho da partilha de recursos, as políticas de
colecções, e sistemas de recuperação e fornecimento que reduzam significativamente
barreiras e custos.
Pensamos que o utilizador deve poder obter o que deseja nos termos que escolher, sem
que a comunidade bibliotecária lhe coloque grandes obstáculos. À medida que as
bibliotecas vão tornando visíveis as suas colecções numa escala global, elas também
deverão proporcionar um sistema de fornecimento de recursos internacional, ou um
modelo de serviço, que combine as forças de todas as bibliotecas participantes. Para
tanto, pensamos que os princípios a seguir enunciados, caso sejam adoptados pelas
bibliotecas e pelos bibliotecários, podem encorajar um tipo de partilha e fornecimento
de documentos que, continuando embora a salvaguardar a integridade do mandato das
instituições e das suas colecções, possa igualmente melhorar o papel das bibliotecas
num ambiente de informação em expansão:
1. As instituições individuais só deverão impor restrições ao acesso se estas forem
feitas em nome do objectivo de criar cada vez menos obstáculos à satisfação do
utilizador.
2. Os utilizadores de bibliotecas deverão ter à sua escolha várias opções em termos
de formato, método de fornecimento, tipo de satisfação, incluindo empréstimo, cópia, cópia digital, e compra.
3. Deverá ser encorajado um acesso global a recursos partilháveis, através de
acordos de rede formais e informais, com o objectivo de que existam cada vez menos barreiras ao fornecimento dos materiais.
4. Os recursos partilháveis incluirão aqueles que pertencem a toda a espécie de instituições culturais bibliotecas, arquivos, museus – bem como as competências dos que trabalham nessas instituições.
5. Os serviços de referência são componentes vitais para a partilha e o fornecimento de documentos, e a eles se deverá poder prontamente recorrer, para se ultrapassar o impasse resultante de uma primeira resposta do tipo “não posso fornecer isto”. Uma vez localizado o documento, ele deverá poder chegar ao utilizador.
6. Em vez de se negarem, as bibliotecas deverão proporcionar os seus serviços a um preço justo, mas deveriam esforçar-se por conseguir oferecer serviços de custo inferior ao dos serviços comerciais, como por exemplo as livrarias.
7. O registo em bibliotecas deveria ser tão fácil como registrar-se para obter qualquer serviço baseado na Internet. Qualquer pessoa pode ser um utilizador de bibliotecas.
Cada um destes princípios gerais está hoje a ser implementado a vários níveis e por múltiplas instituições de formas concretas, desde colecções variáveis a encomendas de digitalização, desde políticas de circulação revistas a taxas para serviços personalizados, desde pedidos não mediados pela biblioteca ao fornecimento de materiais directamente ao utilizador.
O relatório “Repensar a Partilha de Recursos: direcções inovadoras
presentes e futuras” expande um pouco mais alguns dos projectos e possibilidades desta área.
Estudos recentes sublinham a experiência dos nossos utilizadores em serviços de conveniência personalizados (incluindo opções acerca de custos, de tempo, e de empacotamento) e a discrepância dessa experiência relativamente à recuperação de recursos bibliográficos e aos mecanismos de fornecimento. Enquanto a maioria dos utilizadores acha que os resultados das pesquisas na Internet são bastante bons, a
aspiração a colecções de alta qualidade vai invariavelmente conduzi-los às bibliotecas.
Para que as bibliotecas possam fornecer essa informação, elas devem satisfazer as expectativas que os utilizadores alimentam através das livrarias virtuais, o que significa um registo fácil, serviços domiciliários gratuitos ou pagos, e ainda o mais baixo custo.
Porque as bibliotecas pretendem continuar a permanecer um centro que proporcione a melhor informação, pensamos que cada instituição deve reavaliar o seu modelo de serviço à luz dos sete princípios acima enunciados, rever as suas políticas e fluxos de trabalho para satisfazer o mandato da partilha de recursos e fornecimento de documentos global, e expor os seus recursos a uma recuperação mais abrangente.

Respeitosamente proposto por membros do “Rethinking Resource Sharing

Initiative – Policy and Cultural Issues Group”

Robert Daugherty, Circulation Librarian, University of Illinois at Chicago
Janifer Gatenby, New Business Development Manager, OCLC Pica
Eric Hansen, Director of Statewide Resource Sharing, Kansas State Library
Jennifer Kuehn, Head, Interlibrary Services, Ohio State University Libraries
Pat Libera, Interlibrary Loan Supervisor, Weld Library District, Greeley, CO
Carrol Lunau, Library and Archives Canada
Cyril Oberlander, Director of Interlibrary Services, University of Virginia, Alderman
Library
Becky Ringwelski, Associate Director, MINITEX
Candy Zemon, Senior Product Strategist, Polaris Library Systems
15/03/2007

( Cópia do documento distribuído pela BN em Junho de 2007 )

Para saber mais sobre a Resources Sharing Initiative visite:
http://www.rethinkingresourcesharing.org/index.html